Aprender a língua portuguesa online | solução à medida

Sempre fui muito observadora e curiosa; durante a minha carreira docente que conta com mais de 14 anos, fui observando que não há duas famílias iguais. Independentemente das raízes, cultura ou língua falada, cada família é como uma impressão digital ou como as riscas de uma zebra – única!

Aulas estandardizadas que obedecem a um currículo rigoroso a ser cumprido num determinado período de tempo não é a oferta da iei.

Apressar a aprendizagem e pressionar para cumprir objetivos para os quais as crianças não estão preparadas não é o nosso modus operandi. 

Não há receitas mágicas para ensinar! Não há aquele, como dizem os nossos amigos ingleses, “one size fits all”. 

Então o que há? Há uma enorme vontade de cada professora contribuir positivamente para a aprendizagem de cada criança, respeitando os seus interesses e formas de estar e ser.

Há um trabalho contínuo para nos excedermos para correspondermos às expetativas das crianças e podermos propiciar uma aprendizagem com entusiasmo! 

Isto não acontece mediante os moldes tradicionais em que fomos ensinados!

É muito mais importante atender ao estado emocional da criança do que estar a realizar uma atividade para a qual elas não estão predispostas.

O chamado “fugir ao plano de aula” ajuda a fortalecer relações entre professora e aluno, condição fundamental para a aprendizagem acontecer.

Pode parecer que foi uma aula perdida, mas a médio e longo prazo colhemos os frutos daquele (des)investimento.

As crianças (tal como os adultos) gostam de se sentir ouvidas, entendidas e de contribuir para o processo da sua aprendizagem. Gostam de deitar aos mãos à massa! 

Então a aprendizagem é sempre divertida e fácil? A resposta é simples: nem sempre! O sucesso do processo de ensino-aprendizagem da língua portuguesa, a meu ver, é proporcional ao nível de individualização e respeito pela criança que adotamos. A educação do século XXI já não se baseia em seguir um manual e conteúdos rígidos pré-definidos e partir do pressuposto que as crianças vão colaborar porque é “o dever delas”. A (boa) educação do nosso século baseia-se na adaptabilidade do currículo aos interesses de cada um.  A chave do sucesso da educação do séc. XXI As professoras iei procuram desenvolvimento profissional regular para estar a par das últimas novidades; também podemos aprender muito ao ouvir os nossos alunos e perceber o que usam no seu dia a dia. Há dias, dois irmãos de 10 e 14 anos ensinaram-me quase tudo sobre o jogo Blooket. Foi uma aula em que ambos estiveram 100% presentes e entusiasmadíssimos porque estavam agora eles do lado do professor! Pensem agora nas competências linguísticas que treinaram ao explicar as regras e truques deste jogo.  Ver os alunos como parte ativa do processo de ensino-aprendizagem não é resolver tarefas. É questionar, é procurar a solução, é explorar hipóteses, é ter espírito crítico. É dar espaço para que cada criança se possa exprimir na sua plenitude, valorizando as suas ideias, independentemente do seu lugar no processo de aprendizagem, se está “mais à frente ou mais atrás”. A educação não é uma competição!